ETERNO, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata...
terça-feira, 17 de março de 2009
Despedida...
Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também…
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida…
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”.
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente…
E só então a gente poderá amar, de novo.
(Martha Medeiros)
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Perder um amor é perder um pouco de nós mesmos.
ResponderEliminarO que demos, todas as entregas, beijos, momentos de mel, cada arrepio, cada extase fica entre o passado e o não sei onde, que nos confunde e atira para um estado de promessa não cumprida...
Mas tambem as rosas murcham, as estrelas morrem, as andorinhas partem um dia, o sol se pôe...
Também tudo se retoma um dia, a rosa passou a ser pétala de veludo que repousa numa caixa de cristal, outra estrela renasce, as andorinhas voltam na primavera, o sol dá lugar a um novo e brilhante dia.
-Nada se perde, tudo se transforma.
Outro amor voltará...ou quem sabe, o mesmo!
Um beijo carinhoso.
Nely.
Não sei qual a dor maior... Será perder um amor ou simplesmente amar?
ResponderEliminarO amor dói sempre.
Dói quando chega, com um extase que parece não nos caber no corpo...
Dói quando "envelhece" entre enganos e mentiras...
Dói quando parte, porque partiu a nossa esperança também... A esperança de que vamos viver um amor de sonho, interminável e intenso!
Pudesse eu mandar no meu coração... trancá-lo-ia a sete chaves! Não deixaria essa doce e amarga dor entrar no meu peito! Existiria apenas para o que é real e palpavel - o prazer!
O prazer de um beijo de um lábios quentes...
O prazer de uma caricia leve como uma brisa...
O prazer do prazer que se provoca... que se dá...
O prazer de amigos como tu!
Um grande e muito carinhoso beijo
Fantástico este texto . Amei , descreve tudo o que tenho vindo a sentir .
ResponderEliminarO Amor é um sentimento ....nem sei , tão bom e tão mau , dá tanta coisa boa e má .Sofrer por amor é das piores coisas que pode existir ...
As fases descritas são terriveis de passar
Blue Butterfly
E como é que se consegue chegar aí sem ter que sofrer tempos sem fim?!
ResponderEliminarComo é que sem força se consegue continuar?! Como é que deixa para trás tudo o que se construiu e tudo o que se idealizou em conjunto?!
Estas são as reais perguntas sem resposta, fica só mesmo a dor e o sofrimento para prosseguir...