
Houve e há ainda quem defenda a inferioridade da mulher como ser humano e até como animal, houve e há, ainda, quem defenda a superioridade da mulher como ser humano e como animal. Esqueçamos os múltiplos factores sociais, culturais, políticos e económicos que, controvérsias como esta, trazem sempre agarrados. Centremo-nos no aspecto poético. Quem em seu perfeito juízo pode defender a real igualdade entre homens e mulheres?! Para quê?!
Que vantagens tem?! Porquê defender, por exemplo, quotas de participação política para as mulheres, numa atitude paternalista repelente, quando as mulheres demonstram, todos os dias, que são capazes de exercer qualquer cargo, ou assumir qualquer posição, tão bem ou tão mal como qualquer homem? Alguém em seu perfeito juízo é capaz de gostar de imaginar um mundo em que homens e mulheres fossem efectivamente iguais?! Sou heterossexual assumido (o que não significa homofóbico) e considero um pesadelo um mundo em que todos fossemos iguais.
Gosto de mulheres. De todas as mulheres, bonitas, feias, altas, baixa, gordas, magras, loiras, mulatas, pretas, ruivas, brancas, orientais, eslavas, que importa?! Gosto da “diferença” de serem mulheres! Adoro as suas fraquezas e as suas forças, as suas reacções particulares, o seu modo de ver o mundo, o seu modo de olhar os homens e as outras mulheres. Adoro as suas “diferenças” em relação aos homens. São essas diferenças que mantêm a dinâmica das relações entre os sexos. São essas diferenças que fazem com que homens e mulheres procurem o seu complemento, o que lhes falta para se sentirem realizados.
Utilizemos as nossas forças, os nossos meios e o nosso tempo a defender a igualdade de oportunidades para todas as PESSOAS. Cultivemos a diferença entre os sexos (mesmo ao chamado terceiro sexo) que fazem com que a vida tenha sabor.
O que aconteceria se a Lua fosse igual ao Sol? No mínimo, não haveria diferença entre noite e dia…