ETERNO, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata...

sábado, 18 de abril de 2009

Mas esse… sou eu!


Eu quero ser louco... sem loucuras lúcidas, sem loucuras sóbrias…
Eu quero ser louco... sem loucuras ditas, sem loucuras entendidas…
Eu quero ser louco… de dizer verdades, de acreditar em sonhos, de viver mentiras…
Eu quero ser louco… como um estranho... calado, quieto, fingido...
Eu quero ser louco… dos que gritam, que choram, que brigam…
Eu quero ser louco... dizer trinta mil vezes frases repetidas, abraços repentinos, beijos sem despedidas...
Eu quero ser louco... loucura insana, porque são raras... loucuras verdadeiras, porque são poucas…
Eu quero ser louco... fazer loucuras por apenas um motivo: a minha repentina vontade…
Porque, na verdade, só um amor louco faz sentido...


Talvez seja loucura… desejar o teu beijo, suspirar pelo teu toque, perder-me em desejos, sonhar contigo…
Imaginar impossíveis…
Sim… talvez seja loucura…
Mas prefiro ser louco… somente louco… e poder ter-te assim…
Do que perder a única chance… de te ter na realidade…
Sim… talvez… seja louco!
Mas esse… sou eu!


quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fazer amor...


Fazer amor é coisa séria demais...

Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo ardente, desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite...
Não que não seja bom, fantástico por vezes, mas é SEXO, não FAZER AMOR…

Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tacteando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa com delicadeza... porque alma tem delicadeza de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos... até que o corpo descubra cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece é que o acto de amor começa.
As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.

Fazer amor é Ressurreição!!!
É nascer de novo: no abraço que aperta sem sufocamentos no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Vale chorar, vale gemer... vale gritar, porque aí já se chegou ao paraíso, e qualquer som há-de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho... há de ser sempre o acorde falante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram, almas cúmplices...
Fez-se o Êxtase!
É o instante da Paz... é a escritura da serenidade!
E os amantes em na sua ascensão pisam eternidades!!!